terça-feira, 27 de setembro de 2011

Urbiafetivo

Urbiafetivo, que é uma palavra que eu nem sei se existe, porém me pareceu estar meio que na moda. Queria dizer "que gosta da cidade", ou algo assim, se é que você me entende. Muito se disse sobre a roda ser a maior invenção da humanidade, ou a eletrecidade e a penicilina. Outros dirão que foi o celular. Conheço quem considere o playstation como a razão de viver. Mas veja bem, foi a cidade a grande invenção do homem. Diferente do que parece, ela não esteve sempre aqui. Apenas após a segunda metade do século 19, quando deixamos de viver em função das estações do ano, a fim de colhermos boas safras, é que descobriu-se que viver junto poderia ser a sacada. Assim, as chances se abrangeram. Acumular conhecimento, novas informações e até mesmo cruzar com o grande amor passou a ser infinitamente mais provável na cidade. Isto sem falar, das praças, das lanchonetes, das bibliotecas, de ter tudo isto junto no shopping ou até mesmo bisbiliotar a vida alheia. Claro que sempre haverá um rabujento pra vir me falar do sossego no campo, ou do alastramento pouco racional dos centros urbanos. Não discuto gostos, nem abordo o mérito deles. Posso inclusive concordar que é na cidade que nascem a maioria dos problemas, desde que concordem que é lá também que eles se resolvem. Para aqueles que como eu amam as cidades, não existirão melhores nem piores, apenas as favoritas. Cada um destes centros de ferro e concreto são afinal, grandes espaços para se conhecer e explorar, de forma curiosa e aventureira. Em cada barulho, em todas as cores e cheiros, em cada pessoa. Tudo é vivo. A cidade é viva. Experimente você também viver a cidade, e não apenas viver na cidade, e certamente se sentirá parte dela. Mais que isto, você será parte dela.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ouça o Presidente do Movimento O Sul é O Meu País

O Presidente do Movimento O Sul é O Meu País, que luta pela autodeterminação do sul do Brasil, jornalista Celso Decher (foto), concedeu recente entrevista a Rádio CBN de Curitiba, explicando algumas questões pontuais do Movimento, como pesquisas de opinão, ações pacíficas, intenção de promover consulta pública entre outras ações realizadas ou propostas pela entidade. A entrevista foi ao ar no último dia 16/09 próximo passado.
Ouça, é rapidinho!


http://www.cbncuritiba.com.br/site/texto/noticia/Entrevista/3370

domingo, 18 de setembro de 2011

Dia do Gaúcho. Não, eu não sou gaúcho!

Paixão Côrtes durante Festejos de Semana Farroupilha

No dia 20 de setembro, todos os anos, celebra-se o Dia do Gaúcho. É o ápice da Semana Farroupilha, que como o nome lembra, remete aos feitos heróicos de uma parcela grande de riograndenses que lutaram de 1835 até 1845 contra o o poder do Brasil Imperial, e merecem ter seus ideais vivos e exaltados na história. E olha, que muitos dos que participam destas festas, nem sonham como ela começou. Falta ler a obra "Origem da Semana Farroupilha e Primórdios do Movimento Tradicionalista", do grande Paixão Côrtes. Em razão de ter participado muito ativamente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, repetidas vezes me perguntam se eu sou gaúcho. Repetidas vezes respondo que não, eu não sou gaúcho. Em que pese a hipótese de se levar tal equívoco como um eventual elogio, e todo o respeito e reconhecimento que ofereça aos riograndeses, mesmo que digam que eu "sou mais gaúcho que muitos gaúchos (!)", sempre preferi afirmar e reafirmar que sou guarapuavano. Destes que falam com clareza cada letra a ser pronunciada. Paranaense do leite com E no final. Claro, leitE quentE, com muito orgulho. Desconfio de quem nasceu e mora por aqui e fala leti quenti. Você também deveria desconfiar de qualquer um que rejeita suas origens. Mesmo o conceito de que gaúcho "é um estado de espírito" nunca me caiu bem, e sempre me pareceu uma roupagem de gente indecisa e de pouca personalidade. Aos que se batizam de "gaúcho por opção" então, apenas poderia compreender os que foram criados ou residem no Rio Grande do Sul, por terem sido acolhidos e formados naquele belo estado. Fora disto, minha ignorância impossibilita-me a compreensão. Dediquei longos anos da minha vida a estudar, pesquisar, aprender, valorizar, exaltar, preservar e divulgar as antigas danças, músicas e roupas gauchescas, bem como sua culinária e peculiaridades da formação sócio-cultural do extremo sul do Brasil. Mas isto não me torna um gaúcho. Ou melhor, isto não dá o direito de deixar de ser um guarapuavano. Nem eu desejo isto. Não esqueço de onde vim. Nem renego minha Procedência. Saudações ao Dia do Gaúcho! E ofereço uma reflexão, no sentido de que gaúchos sejam cada vez mais gaúchos, porque eu, consciente e orgulhosamente, serei cada vez mais guarapuavano.

Estátua do Cacique Guairacá - Guarapuava PR

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Não se preocupe

Não se preocupe. Pelo menos, não se preocupe tanto. Já vivemos naturalmente na era do estresse, onde existe pressão em tudo, e tudo é para ontem. Então, é de se concluir que já temos problemas pessoais e dificuldades suficientes para andarmos preocupados. Isto sem falar sobre as pessoas que mesmo sem querer ou saber, se preocupam por demais com os problemas dos outros, ou pior, se preocupam com coisas que não lhes dizem respeito algum. Por mais que seja difícil, releve e não guarde rancor. Evite a mágoa. Expulse qualquer resíduo de ódio do seu coração. Elimine a mínima carga de raiva da sua alma. Veja ao seu redor como o mundo gira. Perceba o quanto as pessoas andam com pressa e angustiadas. Numa conversa qualquer, observe como cada um se comporta e você verá o tamanho da necessidade que as pessoas têm de falar. Sorria para elas. Poucos sabem o quanto um sorriso sincero é poderoso! Faça um exercício simples de audição. Resista a tentação de falar. Fale o mínimo necessário. Aprenda a ouvir, e você sentirá o quanto é prazeroso para o seu interlocutor falar, falar e falar, até que esteja aliviado e esvaziado de tudo! Aí sim diga algo leve, concorde com alguns aspectos da conversa, ouça um pouco mais, concorde novamente e se despeça de forma cordial. Depois, se não for importante para você (MUITO IMPORTANTE), esqueça. Não fique mentalizando ou dizendo para você mesmo coisas do tipo "nossa, como a fulana fala!", ou "hoje o fulano tá insuportável!", "que chatice o papo deste aí!", "a beltrana não pára de repetir esta mesma história!", "não aguento mais esta fofoca!", e por aí vai. Não vale a pena. Sinta-se feliz por ter ajudado alguém a "descarregar" o estresse, e claro, não absorva nada de ruim. Como disse, não se preocupe. Limpe a mente. Sun Tzu, um grande general e estrategista chinês, já escreveu há mais de 2.500 anos, em seu valioso tratado "A Arte da Guerra" que afinal de contas "o verdadeiro objetivo da guerra é a paz." Então, pare de se preocupar tanto. Apenas esqueça, não se preocupe e siga em paz.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Maltrato de Animais


Se formos pensar a respeito das crueldades que cometemos contra indefesos animais, no mínimo teríamos que nos penalizar. Depois, analisando, via de regra, nossa total e completa inércia, diante dos fatos, nos envergonharíamos por tamanha omissão. E olha que não estou falando das matanças de focas no ártico, nem das desenfreadas e incontroláveis pescas predatórias de baleias, tampouco dos verdadeiros massacres a que são submetidos botos na região amazônica. Me refiro apenas aos maus tratos contra animais domésticos, que, mais do aqueles que vivem na natureza, dependem por completo dos nossos cuidados. Neste sentido, nunca é demais lembrar que maltratar animais é crime, descrito no artigo 32 da Lei 9.605/98, que trata dos Crimes Ambientais, Maus Tratos Contra Animais Domésticos, Nativos ou Exóticos. Para quem for condenado em razão desta prática, prevê-se pena de detenção de três meses até um ano mais multa. O problema, é que segundo especialistas, a penalidade, além de ser muito branda, quase sempre é convertida no que chamamos de "transação penal", que na prática substitui a pena de detenção por outra restritiva de direito, ou mesmo uma pequena multa e até mesmo simples fornecimento de cestas básicas. Para quem for sensível em favor dos animais que são vítimas de maus tratos, o procedimento é dirigir-se até a Delegacia mais próxima ao do local do fato, registrar um Boletim de Ocorrência, identificando o responsável, e fornecendo seu endereço completo. O ideal, é também que se encaminhe o caso para uma assossiação protetora dos animais ou ONG de ações similares. Como afirmei no início do texto, a omissão é a regra, porém muita gente boa tem envidado esforços na direção de se coibir os abusos contra seres indefesos, que em nada diferem, no que refere-se aos direitos, aos idosos, os menores, os incapazes, os portadores de necessidades especias ou qualquer outro ser humano. Reflita, e faça você também a sua parte.

O leitor viictor_alex, gentilmente sugere um video bastante oportuno sobre o tema no link abaixo:
http://temporadafora.com/vlog/nao-abandone-os-animais

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Sul é o meu País

Já imaginaram a hipótese de os três estados da região sul do Brasil unirem-se em uma confederação de fato? Ou ainda, pelas vias legais e pacíficas alcançarem a autodeterminação e depois a independência política e administrativa, tornando-se uma nova nação? Os dirigentes do Movimento o Sul é o Meu País, não só imaginam tal hipótese, como trabalham sério na sua concretização.

Para título de informação, o Movimento apresenta alguns números, no mínimo interessantes. Vamos a alguns deles:

Caso Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, viessem a alcançar tal êxito, a nova Nação nasceria com uma população de cerca de trinta milhões de habitantes, entrando na hora,  na lista dos 30 países mais populosos do mundo. Bem mais populoso que Chile e Uruguai, e se aproximando da Argentina, que tem pouco mais que quarenta milhões de habitantes. Esta população seria distribuída em uma área de 576.409,6 km quadrados, com uma densidade demográfica de aproximadamente 48 habitantes por km quadrado, com índices de alfabetização que beiram 95% (os mais altos do Brasil), renda per capita de quase R$ 20.000,00 e seu produto interno bruto (PIB) seria algo em torno de R$ 502.055.000.000,00 (quinhentos e dois bilhões e cinqüenta e cinco milhões de reais), comparável ao da Finlândia e Dinamarca, próximo ao da Argentina e maior que Chile, Portugal, Hong Kong, Irlanda e Emirados Árabes Unidos.

Estaria hoje, entre os 25 países mais ricos do mundo, com índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,831, considerado elevado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Tirando o petróleo, o País seria autossuficiente na produção de energia, com grande destaque para o xisto e o carvão. Como aqui os ventos sopram fortes, o cenário é favorável para o desenvolvimento da exploração desta variável energética, bem como conta com importantes bacias hidrográficas, indispensáveis para instalação de usinas hidroelétricas, como a já existente de Itaipu (maior do planeta).

 Daria ainda pra falar dos parques industriais, do agronegócio, da exploração do turismo, da boa infra-estrutura logística de estradas, portos e aeroportos, e o mais importante, que seria o fato deste País cuidar ele mesmo das suas prioridades e o devido zelo com as gigantescas somas de impostos que são aqui recolhidos e remetidos para a União, e que nem de longe retornam na justa proporção para seus entes.

Olhando assim, de forma simplista e menos profunda, este País não me parece ruim... Para saber mais, acesse: