quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Fim de uma era?

Nos tempos do pós-guerra, muito falava-se sobre a eminência de outro conflito armado entre nações, a espionagem militar decifrava códigos, a corrida especial estava a mil, o mundo era divido em dois blocos.
Era a chamada guerra fria, onde os EUA e seus aliados do ocidente polarizavam com a antiga União Soviética e demais forças do socialismo a hegemonia pela detenção do poder.

Sobre isto, li um texto de Leonardo Boff bastante interessante.

Hoje, há diversas correntes de estudiosos que concordam que já estamos há muito às vésperas, não de uma Terceira Guerra Mundial, mas sim da Quarta Guerra Mundial, pois o enfrentamento de problemáticas que envolvem o terrorismo, questões ambientais, a luta contra a fome, miséria e tantas desigualdades, e até mesmo o sangrento ambiente das disputas entre grandes corporações já definem o cenário atual como uma Grande Guerra Mundial, senão armada no todo, tão brutal e mortal quanto qualquer conflito bélico.
Final dos Tempos

Verdade é que o mundo de hoje vem dando claros sinais de uma espécie de ruptura sistêmica com o que já vivemos, e que os estudiosos concordam que não estaremos por ver, mas que já vemos uma transição de eras, onde o final de uma está em curso e outra, diferente e nova emerge dia após dia.
Os fatores comumente apontados para tal fenômeno, vão desde o declínio da liderança americana em razão da crise capitalista e sua consequente perda de posição de maior potência do mundo para a China, e assim a incapacidade de impor sua tese imperialista como antes. Para isto, dá-se o nome de queda do superimperialismo.

Com isto, passaríamos (ou estamos passando) por um superconflito, com a balcanização do mundo, tendo a Ásia, Oriente- Médio e África como lugares de destaque central deste cenário.

Nasce um Novo Tempo
Superada a fase, os novos tempos veriam o surgimento de uma superdemocracia, onde para não se destruir a si mesma e a biosfera como um todo, a humanidade elabora um novo contrato-social, com  estâncias plurais de governabilidade global. Com bens e serviços escassos,  a humanidade encontraria uma forma totalmente nova para garantir a sobrevida espécie humana e da própria Terra de Gaia.

Segundo os estudiosos do tema, se esta última fase não surgir, dificilmente os novos tempos ou a nova era chegará, e ao contrário, seria mesmo e de forma definitiva o que chamamos de final dos tempos, o epílogo da história humana.

Para ver mais, vá ao link:

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Uma Pequena Grande Nação

* Sobre Israel:

A convite da ONG “The Face of Israel”, que visa a atrair jornalistas e formadores de opinião em geral ao país para conhecê-lo melhor e para além das fontes tradicionais da imprensa, muitas vezes enviesadas, passei os últimos cinco dias rodando algo como mil quilômetros e visitando cada canto de Israel, conversando com muita gente diferente, vendo in loco como é a vida nesse caldeirão de culturas, religiões e povos. Dos quase 8 milhões de habitantes, algo como 75% são judeus, sendo pouco mais de 10% ultra-ortodoxos, e há também muitos árabes, alguns cristãos e uma minoria de drusos.


Ao contrário de muitos que alimentam um viés contra Israel, já cheguei lá com o respeito e admiração que tenho pelo que os judeus, com o auxílio de outras minorias, foram capazes de erguer em meio a um terreno hostil (menos de 15% da terra é arável), com boa parte desértica, em torno de vizinhos ainda mais hostis do que a própria natureza. Admito que saí de lá com uma impressão ainda melhor. Israel é algo impressionante mesmo.
Simbolismo: estátua da baleia que engoliu o Profeta Jonas
Para começo de conversa, podemos transitar entre o que há de mais moderno do século XXI, na cosmopolita Tel Aviv, uma das cidades mais amigáveis aos gays no mundo, por exemplo, e algo como quase três mil anos de história, tudo isso em poucos quilômetros de distância, ou até metros. Jaffa, cidade portuária das mais antigas do mundo, incorporada a Israel na década de 1950, remete-nos aos textos bíblicos, quando Jonas foi engolido pela baleia.

Não é algo muito comum essa convivência mútua entre passado e modernidade. A chegada ao belo aeroporto de Ben Gurion e a primeira noite em Tel Aviv, infelizmente tempo curto demais para aproveitar o lado mais ocidentalizado e moderno do país, causam a nítida impressão de que chegamos a um rico país europeu ou mesmo aos Estados Unidos. Mas logo depois chegamos a locais que existem há milênios, impregnados de história, de conflitos religiosos, de tradição, de beleza e, para quem acredita, de coisas sagradas.
Tel Aviv - Milenar, bíblica e pujante
Rodando tudo isso com excelentes guias selecionados pela ONG, foi uma verdadeira aula de história em poucos dias, que pareceram algumas semanas, pela grande intensidade. Impossível absorver tanta informação e história em tão pouco tempo.

Foram inúmeras entrevistas com acadêmicos, com pessoas locais, com políticos, religiosos, e tudo isso será melhor explorado em textos posteriores. Há material suficiente para um livro. Aqui, gostaria apenas de dar minha visão geral da coisa, do que vi Israel é uma nação desenvolvida, quase rica nos padrões europeus, com uma renda per capita acima de US$ 35 mil (a do Brasil é de US$ 12 mil). Mas não é só isso: há pouca miséria, quase não vemos pobreza, e também não vemos muita ostentação. Nem mesmo em Tel Aviv encontramos carrões, muito menos carroças. Ou seja, é um país classe média alta, basicamente. E, pelo incrível que pareça, seguro.
Provavelmente pela história de perseguições e sofrimento do povo judeu, assim como seus ensinamentos religiosos de solidariedade, trata-se de um país simples, em que o nosso motorista, por exemplo, um judeu de origem árabe, participou de todas as refeições com nosso grupo de jornalistas, sem qualquer distinção ou cerimônia. O acolhimento nos lugares que visitamos também era da mesma natureza. Temos a sensação de que não há frescuras, tampouco esnobismo ali.
Apesar de todas as guerras que atravessaram em poucas décadas como estado nacional, os israelenses demonstram grande otimismo em relação ao futuro. São pessoas que lutam para sobreviver e prosperar, via de regra, e demonstram um belo sentimento patriótico. É uma visão e tanto a daqueles jovens todos, meninos e meninas com cerca de 18 anos, circulando por todo lugar com seus fuzis pendurados, orgulhosos de seu aprendizado militar. 
Jovens prestando o serviço militar
Os israelenses olham as dificuldades como obstáculos a serem superados

Sua democracia é pujante, com a participação de todas as minorias, como a dos próprios árabes, que possuem algo como 10% dos 120 assentos no Knesset, o Parlamento israelense. Os debates são abertos, as críticas ao governo são duras. Uma característica visível no israelense é o hábito de ser franco e direto, de falar normalmente o que pensa sem muita cerimônia ou rodeios. Israel, nesse sentido (como em outros), destoa como um oásis democrático e livre no Oriente Médio, região dominada por ditaduras e teocracias.
Vista do Knesset, o Parlamento israelense

Em suma, não resta dúvida de que os israelenses ergueram em meio a uma região complicada um pequeno pedaço de civilização mais avançada, próspera e livre. E, além disso, criaram finalmente um lar para o povo judeu, perseguido desde os tempos imemoriais. Como disse, reuni amplo material de entrevistas que pretendo utilizar em artigos futuros. Mas não poderia deixar de resumir logo essa primeira impressão: Israel é um pequeno grande país que merece nosso respeito, apoio e admiração.

* Fonte Rodrigo Constantino. Mais, no link abaixo:

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Fuja da infelicidade



*Já escrevi aqui neste blog inúmeras vezes sobre a rotina dos nossos dias, a vida moderna ou o nosso tempo, onde invariavelmente se constata correria, desajustes, desequilíbrio e obstáculos tantos para serem suficientes a apontar-nos um caminho nebuloso e sem perspectivas positivas.
Feliz ou infeliz?
E sobre a felicidade, também já abordei aqui hábitos que podem auxiliar os que vivem uma vida de busca da felicidade sem no entanto conseguir alcançar nada nem próximo deste sentimento.

Hoje, a abordagem é outra. É sobre estudos que apontam a rotina e os hábitos daqueles que são, de fato, infelizes.
Sabemos que algo próximo de 7.000.000.000 (Sete Bilhões) de pessoas habitam nosso planeta, e que destes muitos, a maioria dizem os especialistas, são seres felizes. Por outro lado, uma parcela considerável deste montante vão na contra-mão da felicidade, e se declaram completamente infelizes.

Pesquisas afirmam que menos 40% da nossa felicidade depende apenas de nós mesmos, e que os demais fatores para ser feliz derivam de exterioridades, nem sempre tangíveis a todos. 

A boa notícia, é que o vácuo entre felicidade e infelicidade é brando, e oscilamos entre um e outro sentimento quase que diariamente, e este tempo em que ficamos felizes ou infelizes é o que pode determinar ao final, o quanto fomos mais ou menos felizes.

Listo aqui os sete hábitos mais comumente encontrados na rotina dos que se declaram infelizes:

1 - A SUA CRENÇA PADRÃO É DE QUE A VIDA É DURA

As pessoas felizes sabem que a vida pode ser dura, e tendem a passar pelas dificuldades com uma atitude de enfrentamento, e não de vitimização. Assumem a responsabilidade e focam em resolver seus problemas rapidamente. Perseverar  na resolução dos problemas é característica de quem é feliz, enquanto o infeliz coloca-se como vítima, ficam presas e não agem. Preferem se contentar no choro e lamuriam coisas como "olha o que aconteceu comigo, é sempre assim", ao invés de buscar a solução.

2 - ACREDITAM QUE AS PESSOAS NÃO SÃO CONFIÁVEIS

Os mais felizes tende a ser abertos aos relacionamentos sociais, convivem bem em comunidade e abrem círculos e redes de relacionamentos amplas.enquanto que infelizes costumam ter postura mais desconfiada e assumem precipitadamente temor com estranhos, indagando se estes seriam de confiança. Isto, acaba por fechar portas e reduzir círculos de amizade e consequente tende ao isolacionismo contínuo que leva a solidão.

3 - CONCENTRAM-SE NO QUE ESTÁ ERRADO E NÃO FOCAM NO CERTO

Há muita coisa errada neste nosso mundo, e não é difícil de se perceber isto, ms os infelizes não conseguem vislumbrar nada que possa estar certo. Sempre que você os aponta algo positivo, a resposta vem como "sim, mas...". Ou seja, há que se perceber o errado, sem fechar os olhos para as coisas positivam que a vida oferece.

4 - COMPARAM-SE AOS OUTROS E SÃO INVEJOSAS

Enquanto os felizes sabem que sua sorte vem acompanhada de atitudes, e que os demais não tem nada a ver com isso, infelizes de plantão acham que a sorte do outro rouba a sua sorte, caem em pouca auto-confiança e passam a invejar os que parecem ser mais sortudos.

5 - TENTAM CONTROLAR TUDO

Os felizes vão de passo em passo, mantém controle sobre o que realmente importa e abrem mão de muitas coisas para ficarem com o que lhes convém, enquanto que infelizes buscam controle sobre tudo e todos, e quando os resultados não são os esperados desmoronam em uma exibição dramática do "é sempre assim, nunca dá certo comigo."

6 - CONSIDERAM O FUTURO COM MEDOS E PREOCUPAÇÃO

Os infelizes enchem seus pensamentos apenas como absolutamente tudo pode dar errado, e não há nada que possa ser feito ao contrário. Já os felizes, vislumbram incertezas como oportunidades, arriscam mais e por isso tendem a acertar mais.

7 - SUAS CONVERSAS VERSAM SOBRE FOFOCAS E RECLAMAÇÕES

Os infelizes sempre preferem o passado, e parecem viverem eternamente nele, conferindo culpa ao tempo por não terem alcançado suas aspirações, e ao verem os outros realizados, suas conversas transforma-se em fofocas sobre a vida alheia, via de regra diminuindo ou desmerecendo feitos dos que venceram.

Então é isto. E você, se identifica com quais destes hábitos?

* Fonte:


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Carisma



Muito já se falou sobre o tamanho da importância que o carisma de alguém pode resultar positivamente nas relações multi-sociais. 

Líderes de todas as esferas, seja na política, no mundo corporativo, nas famílias ou numa simples roda de amigos, invariavelmente são pessoas carismáticas. 

Diferentes estudos em diferentes épocas, são unânimes em reconhecer as figuras históricas que ocuparam posições de grande importância num determinado momento eram, invariavelmente, carismáticas, ao ponto de por vezes, substituírem eventuais pontos fracos simplesmente por seu carisma pessoal.

Jesus Cristo, Napoleão, Churchil, Roosevelt, JK e até o presidente Lula são exemplos de líderes políticos, que mesmo sem maiores habilidades variadas, venceram pelo carisma.
O carisma, dizem os estudiosos, é algo que você tem ou não tem. Não existe o sujeito mais ou menos carismático.

Exemplos de pessoas carismáticas

Pode-se perceber o nível de carisma de alguém de muitas maneiras, desde como a pessoa de veste, sua gestualidade natural, a postura, tom de voz e mesmo seu silêncio. É aquela percepção, muitas vezes dita como "primeira impressão", ou seja, você identifica o carismático quando ele adentra no ambiente, antes mesmo de dizer palavra.

E você, tem carisma?
Nos link's abaixo, segue alguns testes modestos para você avaliar seu nível de carisma.



sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Dica Para Riqueza


(*) Preste bastante atenção amigo:

A maioria dos conselhos dados ''pelos de fora'' sobre “como ficar rico” tem a ver com JUNTAR DINHEIRO.

Essa vai ser difícil de engolir, mas saiba que você nunca vai ficar rico juntando dinheiro. A única maneira de você ficar rico de verdade é criando um produto ou criando uma oportunidade, sendo um produtor ao invés de consumidor e VENDENDO alguma coisa para muitas pessoas. Em suma, a única forma de ganhar muito dinheiro é fazer a sua renda crescer, Make Money ou Fanno Soldi, capisce?

Você não vai ficar rico tendo uma renda limitada e juntando um pouco dessa renda limitada, principalmente se ela for contabilizada em salários mínimos.

Juntar dinheiro é uma atividade para pazzo, que não requer muito esforço. 
Para ficar rico você precisa agir, correr atrás, suar a camisa, ser antes de tudo, implacável. É necessário antes de tudo ser um homem paciente que controla, que é firme; constante em todas as coisas.

Permanecer à parte da sociedade externa, geralmente contra ela e não ter pretensões. O que deve ter é uma força interna que lhe conferirá presença, porque você espera, planeja, e ataca somente no momento da melhor chance de sucesso..

Você precisa produzir para ser rico. Quem junta dinheiro só pensa em reduzir. Eles reduzem o número de cafés do Starbucks que eles tomam por dia, reduzem o número de vezes que comem fora, mas nunca reduzem os gastos que realmente precisam ser reduzidos. E mais importante: Nunca produzem nada.

O pazzo que junta dinheiro e pensa que vai conseguir se aposentar cedo é um sonhador. O uomo di onore que faz dinheiro não se preocupa com aposentadoria – ele já tem bastante tempo em mãos.

A maioria diz que se quiser ficar rico, precisa ter um bom trabalho que lhe de segurança (como ser um funcionário público) e um bom salário. Esse tipo de conselho sempre é dado por familiares não-ricos, professores, funcionários públicos, amigos, etc.

Se essas pessoas realmente soubessem como ganhar dinheiro elas não estariam trabalhando no seu atual emprego. Elas não estariam trabalhando em lugar nenhum! Elas trabalham em empregos que qualquer pessoa com um diploma de faculdade poderia ter. São pessoas que ganham mal, não tem dinheiro ou tempo livre nenhum e ainda tem a ousadia de dar conselhos sobre como ficar rico.

Quer ser rico e poderoso, então escute o conselho da ''nossa coisa'', tenha uma vida toda feita de trabalho e autonegação, autoconfiança e autocontrole. Não busque confrontos; evite-os - a não ser que algo de extrema importância esteja em jogo. Ao contrário, manobre em direção a seus objetivos. Seja astuto. Acima de tudo, saiba o que é importante, e isto lhe conferirá dignidade e atrairá respeito. Deixe de pensar em ter um bom emprego e passe a se dedicar em ''fazer empregos'' e a não trabalhar para ninguém. que não seja a si mesmo. 


(*)
Texto retirado do perfil do Facebook #cosa Nostra












Acesse para outros destaques: https://www.facebook.com/laCosaNostraBR?fref=ts


sábado, 6 de dezembro de 2014

O Livro

Parte da estante lá de casa...
Mesmo hoje, num mundo extremamente tecnológico, de mídias variadas e múltiplas alternativas de entretenimento, um bom e velho livro, impresso em papel mesmo, ainda permanece vivo, amparado nas nossas estantes e é fonte certa de cultura, diversão e conhecimento.

A escrita surgiu na antiga Mesopotâmia, por volta de 4.000 a.C., quando os homens perceberam a necessidade de registrarem os fatos da história como um todo, para poderem acessarem os mesmos depois. Tais escritos eram feitos em tijolos de barro. Posteriormente, foi a vez dos egípcios criarem o papiro, precursor do papel de hoje, e mais tarde foi a vez dos gregos inventarem o pergaminho, feito de couro animal. O primeiro registro de um material similar ao papel na história é oriundo da China, feito por uma mescla de folhas, restos de tecidos e redes de pesca.

Os árabes dedicaram sempre muita importância ao registro escrito, e os judeus, desde os antigos hebreus, tiveram na leitura fortíssima identificação cultural, ao ponto de ainda hoje serem chamados de "o povo do Livro".
Judeu retratado em leitura: o Povo do Livro

Até a invenção da moderna prensa, no século XV, os registros históricos foram preservados graças aos monges copistas, que passaram a vida fazendo cópias de livros. Já com a prensa de tipos móveis, desenvolvidas pelo alemão Johannes Gutemberg, deu-se início uma nova revolução nas comunicações, o que permitiu a produção em massa de livros como conhecemos hoje.

Recentemente, a história do livro teve um novo capítulo, que foi a sua digitalização. Vários títulos passaram a ser disponibilizados em versões totalmente digitais, e outros estão sendo lançados exclusivamente neste formato. É uma nova era que pretende tornar a leitura ainda mais acessível, seja por meio de tablets, leitores digitais, celulares e demais mídias eletrônicas.

Os adeptos da leitura digital, afirmam que tal prática ainda contribui para causa ambiental, em razão do consumo consciente do papel.
No Brasil, no dia 29 de outubro celebra-se O Dia do Livro

Seja como for, na tela de um aparelho, ou no manuseio tradicional das suas páginas, o livro sempre será um bom companheiro de qualquer ocasião.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Vida Real


errado pensar que o amor vem do companheirismo de longo tempo ou do cortejo perseverante. O amor é filho da afinidade espiritual e a menos que esta afinidade seja criada em um instante, ela não será criada em anos, ou mesmo em gerações." (Khalil Gibran)


Vida corrida, obstáculos profissionais, dificuldades financeiras, incertezas gerais.

São os tempos modernos.

Houve um tempo, e não tão distante, em que as pessoas viviam, de certa forma, como se seguissem à risca um roteiro previamente elaborado, como uma espécie de receita de bolo ou manual de passo-a-passo para que o mundo seguisse sua rota. Era só estar num determinado padrão tradicional e familiar para que tudo desse certo. Ao menos aos olhos dos demais, da chamada "sociedade".

Assim, bastava ir à igreja, não faltar as aulas, integrar algum grupo social e de forma natural e metódica, tudo terminava bem: entraria-se no mercado de trabalho, encontrava-se o amor da nossa vida, nos casaríamos, vinham os filhos e o final feliz era garantido. Era a vida.

Foi sob a égide padrão que muitos casais sobreviveram (e não viveram) infelizes a longos e longos anos de ilusões, máscaras, mentiras, sofrimentos e angústias diversas, afinal, não havia outra forma. Não conviver em matrimônio nem pensar. Ser mãe solteira era o mesmo que morrer. Separação então era pecado capital. O modelo indicava: "Já pensou o que vão dizer??"

Parecia a vida ideal, mas de fato era apenas e tão somente a vida real.

A convivência não é fácil. Não mesmo.

Mas como afirmei lá em cima, vivemos hoje os "tempos modernos". 

Sem invocar o mérito da questão que impõe aceitações e concordâncias goela abaixo, da quebra de tradições e costumes, da desintegração da família, da total perda de valores, nem mesmo propor o que eu penso ser certo ou errado, quero apenas abordar a vida real, sem romance, direto ao ponto.

Vi a separação dos meus pais no início da adolescência, primeira metade dos anos 80, onde isto ainda era uma heresia. Saí para combater meu combate aos 16 anos, já vivendo a minha vida real, não a ideal. Tudo sempre muito difícil. 

O tempo passou. Fui para o mercado, estudando e trabalhando. Encontrei sim o amor da minha vida, que foi instrumento para que Deus me oferecesse amor ainda maior, incondicional e indescritível que é nossa filha.

Continuo estudando e trabalhando. Hoje tenho a certeza de que o mundo é mesmo um ambiente hostil e cruel, que te engole antes que você se dê conta disto, e neste mundo não há espaços para muitas fraquezas. Aliás, ele é implacável para com estes.

Este é o mundo. Mas não precisa ser necessariamente a vida. Pelo menos não a minha.

Ainda estou combatendo o meu combate, com todas as adversidades dos tempos modernos. Mas também estou vivendo a minha vida, revisando minhas escolhas, refazendo meus planos e dando graças de ter as pessoas que tenho ao meu lado.



Sei que minha vida pode ainda não ser perfeita, e não é. Tampouco ideal. Mas esta é a realidade da minha vida, e somente eu mesmo posso aproximá-la da vida ideal que eventualmente eu deva encontrar.

Ah! E quanto ao mundo hostil, cruel e implacável, não tem outro jeito a não ser vencê-lo.

Vivas para a vida. Viva a vida!

sábado, 4 de outubro de 2014

O Dia do Perdão

***(Fonte)

O Yom Kippur, ou Dia do Perdão, é celebrado por todos os judeus ao redor do mundo, anualmente, no décimo dia de Tishrei, o primeiro mês do calendário hebraico.


Antiga ilustração de Yom Kippur
Neste ano de 2014, ao por-do-sol do dia 03 de outubro, cerca de 14 milhões de judeus de todo o mundo, 120 mil no Brasil, iniciam as comemorações do Yom Kipur, o Dia do Perdão, considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.

O Yom Kipur inicia-se exatamente dez dias após o Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico. É durante essa celebração que os membros da comunidade realizam jejum para atingir uma introspecção completa, na qual pede-se o perdão pelos pecados cometidos e a anulação das promessas feitas entre o homem e o Criador, durante todo o ano e porventura não cumpridas.

Na véspera do Yom Kipur, em todas as sinagogas ao redor do mundo, as portas da Arca Sagrada (onde são guardados os rolos da Torá) são abertas e os rolos retirados. Quando anoitece o cantor litúrgico dá início ao Kol Nidre, um prelúdio marcante que durante séculos transmite às gerações de judeus o espírito do Dia do Perdão.

Desde antes do pôr-do-sol da véspera até o completo anoitecer do dia seguinte, é proibido comer e beber, lavar-se (ao levantar pela manhã é permitido lavar apenas os dedos e passa-los nos olhos), passar cremes, óleo ou maquiagem (no rosto ou no corpo), calçar sapatos de couro e ter relações conjugais. Meninas a partir de doze anos de idade e meninos a partir dos treze, precisam jejuar o dia inteiro e cumprir todas as leis referentes a este dia.

Ao terminar o Yom Kipur, um serviço chamado Ne´ilá oferece a oportunidade final para o arrependimento. O serviço se encerra quando é repetido por sete vezes o versículo “O Senhor é nosso Deus”. O Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro, soa uma vez e todos proclamam “No ano que vem em Jerusalém”. Segundo a tradição, ao término do jejum uma voz celestial proclama “vão e comam o pão com alegria, pois D'us aceitou suas preces e os perdoou”.



Rabino soando à Shofar

*** Fonte: Perfil no Facebook "Israel no Brasil":
https://www.facebook.com/IsraelinBrazil?fref=ts

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Vende-se corrupto


Em tempo de eleição, é bastante comum ouvir por aí a expressão "político vendido".

Interessante analogia que pode ser feita a partir disto, pois o político será antes de tudo uma pessoa como outra qualquer.

Imaginem então a hipótese de se construir prateleiras gigantes pra lá e pra cá, bem adornadas, de boa pintura e esteticamente plástica, com visual inovador.

Daí, coloca-se a prateleira numa bela vitrine, iluminada com luzes de efeito, brilho e muito colorido, e ali dispomos de uma série de políticos, todos disponíveis para venda.

Claro que os padrões, modelos e tons seriam os mais variados, tipo, Político com boa experiência por apenas R$ 50 mil! Ou, Político em início de carreira! Aproveite o preço! Também poderiam haver os preços promocionais, como Político bom de voto e sem escrúpulos por apenas R$ 35 mil!!!
E por aí vai.

Na minha experiência como agente político de mais de duas décadas, vi quase de tudo.

Relato uma passagem que me marcou no sentido do tema que aqui abordo.

Certa vez, em uma campanha destas municipais, ouvi de um dos coordenadores de uma das candidaturas para prefeito, que buscou o candidato alegando que seria necessário algum reforço na chapa de candidatos a vereadores, a fim de garantir maioria no legislativo para o mandato, do que ouviu a seguinte resposta: "Fulano, vereador é que nem produto. Depois da eleição eu vou lá na prateleira, escolho os que me agradam e compro."
É assim.

E o mais contraditório, é quanto mais o sujeito se vende, menos ele vale.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Adaptar-se para não desaparecer

Capa da primeira edição da obra

Quando, em 24 de novembro de 1859 foi publicada a primeira edição da obra "On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida), do naturalista britânico Charles Darwin, grandes debates acerca da possibilidade das suas teorias rapidamente tomaram conta dos meios acadêmicos e até de leigos curiosos. Para se ter uma ideia disso, basta saber que a primeira edição de 1250 exemplares esgotou-se no  mesmo dia do lançamento.

A obra, que apenas na sua sexta edição recebeu o título de "A Origem das Espécies", trazia de forma didática o resultado de suas longas pesquisas com metodologia empírica, uma série de classificações de espécies já conhecidas e outras tantas ainda não catalogadas, que segundo Darwin, eram o resultado de constantes adaptações genéticas para melhor adaptação ao ambiente cruel da natureza, e que isto lhes garantia a sobrevivência no curso do tempo. 

Nesta proposta de surgimento e consequente seleção meramente natural da criação dos seres e organismos vivos, ela contradiz a teoria do Criacionismo descrita na Bíblia, no Livro do Gênesis, e dissemina-se rapidamente para além do meio acadêmico, gerando a primeira discussão científica de níveis internacionais. 
Charles Darwin

Cada vez mais a Teoria da Evolução das Espécies parece ter lugar no conceito de verdade em seu núcleo fundamental: o de evoluir para não desaparecer.

Isto serve, claro, para nós seres humanos. 
Trabalhadores de todas as áreas, políticos, atletas, empresários e todos mais, caso não se adequem ao tempo e o ambiente em que vivem, passarão rapidamente para a lista daqueles que serão inevitavelmente extintos.

Numa analogia básica, podemos testar a tese Darwiana comparando nós mesmos aos nossos pais, avós e aos nossos filhos no que concerne as novas tecnologias mais básicas e mundanas, como por exemplo, os telefones celulares.

Nossos avós pouco ou nada conheceram disto, nossos pais passaram a ter acesso aos mesmos de forma primitiva, e a mais ou menos 15 anos atrás, nós manuseávamos celulares analógicos (maravilhas modernas) que recebiam e faziam ligações. Quando do surgimento dos aparelhos capazes de enviar mensagens de texto, parecia que pouco ainda teriam os celulares para oferecer. Pois bem. Nossos filhos já nasceram sob a égide dos aparelhos digitais, verdadeiros computadores ultra-portáteis, e os pequeninos seres humanos apresentam incrível habilidade em digitar, buscar, interagir e tudo mais. Os nossos pais, avós e nós mesmos, caso ainda não tenhamos aprendido (adaptado) com tal fato, "desaparecemos" de certos núcleos sociais, especialmente aos virtuais. 

E por vai. Então, eu creio que para todos nós, serve sim a tese Evolucionista, ao menos no que diz respeito a permanecer vivo, ou no mínimo perceptível aos olhos da atual geração, e quiçá evoluir ao ponto de alcançar as próximas gerações como um digno sobrevivente da nossa espécie, que ao final não passa de um ser social.

Confira o Link:


sábado, 16 de agosto de 2014

Israel x Hamas: interpretações

Menino judeu e outro palestino, em cena que todos esperamos


Sempre que se há notícias de novo conflito entre Israelenses e Palestinos, muito se fala sobre a desproporção que a força israelense impõem em seus contra-ataques, o elevado número de vítimas civis, o trato desumano para com os habitantes de Gaza, entre outros.

Porém, pouco, ou quase nada, se noticia sobre outros conflitos na região do Oriente Médio, muito mais sangrentos e desiguais do que o conflito travado entre judeus e árabes na Palestina.

O que vemos acontecendo hoje na Síria e no Iraque, com a dizimação de cristãos e outras comunidades que não compartilham de determinado credo da corrente islâmica é inúmeras vezes mais devastador e cruel.

Apenas na Síria, dados dizem que o número de vítimas é pelo menos 100 (!) vezes maior do que os registrados em Gaza.

Importante dizer que uma coisa não minimiza a outra, que uma guerra não justifica outra. Mas seria racional se as pessoas que se manifestam de forma tão efusiva e determinada, via de regra condenando atos israelenses, tomassem posição também diante destas outras tragédias, igualmente terríveis e brutais
.
Para quem se interessa pelo tema, segue um link elucidador, num breve texto publicado na Gazeta do Povo.

sábado, 26 de julho de 2014

A Terra Prometida



Mais uma vez o conflito entre Israel e Palestina toma conta do noticiário. A desavença, que já foi apropriadamente chamada de conflito Árabe/Israelense, incita opiniões e conclusões por vezes superficiais ou motivadas por paixões que se distanciam da racionalidade. Dizer simplesmente qual dos lados é o certo e qual é o errado, sem compreender as razões que representaram o estopim destas tragédias, seria no mínimo precipitação. 
De modo breve, proponho aqui uma síntese dos episódios históricos (ou alguns deles) que fizeram manusear a fieira fática que explica, sem justificar, a questão naquele território árido no Oriente Médio:

- No final dos anos 40, precisamente no pós guerra, em Assembleia das Nações Unidas presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, aprovou-se proposta de partilha da colônia britânica onde hoje se concentram os conflitos em dois estados: um estado judeu e outro estado árabe, Israel e Palestina respectivamente. A justificativa unânime era de que não se poderia mais correr-se o risco de uma nação abrigar novo holocausto, e para tanto urgia a necessidade recolocar o povo judeu nas terras de onde foram expulsos repetidas vezes na história.
- Enquanto os judeus, que já contavam com uma estrutura de instituições estatais na Agência Judaica, aceitaram a proposta e proclamaram a independência de Israel em maio de 1948, os palestinos, representados pelo Alto Comitê Árabe, rejeitaram a ideia, afirmando ainda que "afogariam Israel em um rio de sangue", ou iriam "empurrar os judeus ao mar". A guerra então instalou-se, e por mais frio ou indiferente que possa soar, guerra é guerra, e nela os israelenses resistiram, e pior, já avançaram em territórios demarcados para a Palestina.
- No início dos anos 50 houve outra tentativa de tirar os judeus de Israel por meio da força, e mais uma vez os árabes foram derrotados, e um pouco mais da Palestina teve suas fronteiras alteradas em favor de Israel.
- Em 1967, nações árabes capitaneadas pelo Egito lançaram poderoso ataque sobre Israel no feriado do Yom Kippur (Dia do Perdão, o mais sagrado para o judaísmo). Os árabes não esperavam a rápida e eficiente resposta israelense, que abateu a maioria dos caças egípcios em solo, contra-atacou ferozmente por terra, avançou ao sul do Líbano e ainda tomou do Egito a região do Sinai, no que ficou conhecida como A Guerra dos Seis Dias.
- Em um tratado de paz ocorrido em fins dos anos 70, em Camp David nos EUA, Israel restabelece relações com o Egito, e devolve à esta nação o Sinai.
- Depois, nos anos 90 e início do novo milênio novas tentativas de paz fracassaram, muito pela ação de extremistas fanáticos de ambos os lados, e de ações terroristas que nunca se justificam.

Região anterior a 1946 e suas modificações

Disto tudo, hoje vemos este terrível cenário se repetindo a cada dois ou três anos de forma periódica. Os Palestinos afirmar serem oprimidos por Israel, repudiam ocupações em suas áreas por colonos judeus, partem para ações terroristas e lançam foguetes sobre Israel, que dispõe de avançado sistema de defesa aérea, o que impede que estes ataques alcancem seus cidadão. Em resposta, Israel bombardeia Gaza, atingindo também alvos civis, como escolas, hospitais e mesquitas, alegando que neles, grupos extremistas de terroristas árabes, como o Hamas e o Fatah escondem armamentos e munições.

Não adianta mais saber quem começou tudo isto, quem deu o primeiro tiro ou quem não quer parar.
Na guerra, em sendo guerra, nada faz sentido.

Em Israel só não há centenas ou milhares de vítimas em razão da avançada tecnologia de defesa desenvolvida pelos judeus, e de outro lado, em Gaza há devastação e mortes justamente porque Israel, em nome do direito de se defender, utiliza seu poderosíssimo exército para repelir os ímpetos do Hamas.
Talvez, quando os árabes conseguirem também fazer elevar o número de vítimas em Israel, deixe transparecer a ideia de que o jogo está equilibrado.

Não há vestígios de paz em breve. Apenas um cessar fogo temporário, prólogo de outra guerra.

Ou talvez, a racionalidade de todos possa sugerir a paz possível no futuro, que no presente parece ainda distante e longo. Tão distante e longo quanto os quase 4000 anos de lutas que de certa forma unem estes povos, distanciados por algo que eles mesmos parecem não saber exatamente o que é.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Meu amigo, o Mate


Na trempe, a tríade: cuia, bomba e chaleira


O chimarrão está em meio às rodas de amigos por todo o Brasil, e em outros países meridionais das Américas. Aqui no Brasil se faz presente de forma muito mais constante na Região Sul, porém encontramos mateadores espalhados por praticamente todos os estados.

Para nós o chimarrão, ou simplesmente "mate", é um elemento indispensável ao cotidiano.
Deixa de ser algo meramente complementar para tornar-se materialmente a própria extensão de nós mesmos.
Basta recebermos um amigo ou familiar em casa para que a roda esteja formada em torno de uma cuia porongueira, que ao passar de mão em mão, revigora um dos valores mais importantes deste ato, que é o de retemperar o convívio e a amizade.

Existem também muitos, que como eu, não necessitam da presença de mais ninguém para motivar a preparação de um bom chimarrão. O mate em si é esta motivação.
Estes degustadores solitários expressam de fato a figura dos verdadeiros mateadores.

E o processo de iniciar um bom mate então? Fazer o chimarrão, não é simplesmente esquentar água e derramá-la sobre um punhado de erva acomodado na cuia. Não meus amigos e amigas, vai muito além. Fazer um chimarrão sem um mínimo de cuidado é o mesmo que desdenhar cada um dos valores contidos neste hábito salutar. É praticamente uma heresia! 

Seria esquecer, além dos aspectos sociais das rodadas chimarronas, que o mate é um alimento com muitas propriedades nutritivas presentes na erva, e que ali verifica-se um agente hidratante do organismo e poderoso aliado do aparelho digestivo. Quando sorvido envolto na quietude do mate solito, induz o mateador à imersão ensimesmado em memórias, planos e saudades. 

Introspectivo por excelência, nos encoraja a repassar a própria vida em cada beijo que se dá no bocal da bomba, parceira da tríade dos mates.


A cevadura portanto, requer uma ritualística desenvolvida e aprimorada através do tempo. Fazer desandar o mate madrugador, para mim, é prenúncio de dia ruim, mau agouro na certa. Assim, há que se tratar o assunto com zelo e respeito, o mesmo que se oferece nos diálogos entre bons e velhos amigos.

Isto sim! Um amigo é o que o mate é.

Então deixo aqui registrado esta impressão definitiva que tenho para com o mate, de que nele encontro, em todas as manhãs, um bom amigo. Ouvinte atento e conselheiro dissipador das muitas dúvidas que teimam em permear minha mente.

Agora, se me dão licença, vou ali me ajustar no recanto do espaço para principiar outra prosa das boas com este meu velho amigo, o mate chimarrão.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Não fuja da Política

"Não há nada de errado com as pessoas que não gostam de Política, a não ser pelo fato de que serão governadas por aquelas que gostam"
(Platão)



Tenho conversado com muitas pessoas que afirmam a total descrença com a política de um modo geral. Gente dizendo que vai anular o voto, que não quer saber nem de ouvir falar em eleições.
Por muitas razões isto é preocupante

A priori, a política surgiu como um instrumento para fazer o bem.
Vejo que não é a política em si, mas sim os políticos. E qual a razão de eles lá estarem? O nosso voto.


A política se faz presente em tudo, desde o pãozinho francês, passando pelo combustível, até nos direitos e garantias mais fundamentais que exercemos. Sem falar nas relações inter-pessoais, na sociedade, no trabalho, na igreja e dentro da nossa casa. Tudo é política!


Infelizmente, as pessoas muitas vezes não se dão conta de que, sendo pessoas boas, de boa vontade, dedicadas, comprometidas e deixam de participar do processo político, darão a oportunidade para o ladrão, corrupto e sem vergonha. Não há vácuo na política. Alguém sempre ocupará o espaço. Este alguém pode ser uma pessoa de boas intenções, ou um mero oportunista. Depende muito de você.


Então, continue se indignando, mas isto apenas não basta. 

Criticar, replicar frases de efeito contra tudo e não se posicionar não adianta nada.
Ou você participa, ou você é parte do processo corruptor do qual você discorda.
Pense nisto.