quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Adaptar-se para não desaparecer

Capa da primeira edição da obra

Quando, em 24 de novembro de 1859 foi publicada a primeira edição da obra "On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida), do naturalista britânico Charles Darwin, grandes debates acerca da possibilidade das suas teorias rapidamente tomaram conta dos meios acadêmicos e até de leigos curiosos. Para se ter uma ideia disso, basta saber que a primeira edição de 1250 exemplares esgotou-se no  mesmo dia do lançamento.

A obra, que apenas na sua sexta edição recebeu o título de "A Origem das Espécies", trazia de forma didática o resultado de suas longas pesquisas com metodologia empírica, uma série de classificações de espécies já conhecidas e outras tantas ainda não catalogadas, que segundo Darwin, eram o resultado de constantes adaptações genéticas para melhor adaptação ao ambiente cruel da natureza, e que isto lhes garantia a sobrevivência no curso do tempo. 

Nesta proposta de surgimento e consequente seleção meramente natural da criação dos seres e organismos vivos, ela contradiz a teoria do Criacionismo descrita na Bíblia, no Livro do Gênesis, e dissemina-se rapidamente para além do meio acadêmico, gerando a primeira discussão científica de níveis internacionais. 
Charles Darwin

Cada vez mais a Teoria da Evolução das Espécies parece ter lugar no conceito de verdade em seu núcleo fundamental: o de evoluir para não desaparecer.

Isto serve, claro, para nós seres humanos. 
Trabalhadores de todas as áreas, políticos, atletas, empresários e todos mais, caso não se adequem ao tempo e o ambiente em que vivem, passarão rapidamente para a lista daqueles que serão inevitavelmente extintos.

Numa analogia básica, podemos testar a tese Darwiana comparando nós mesmos aos nossos pais, avós e aos nossos filhos no que concerne as novas tecnologias mais básicas e mundanas, como por exemplo, os telefones celulares.

Nossos avós pouco ou nada conheceram disto, nossos pais passaram a ter acesso aos mesmos de forma primitiva, e a mais ou menos 15 anos atrás, nós manuseávamos celulares analógicos (maravilhas modernas) que recebiam e faziam ligações. Quando do surgimento dos aparelhos capazes de enviar mensagens de texto, parecia que pouco ainda teriam os celulares para oferecer. Pois bem. Nossos filhos já nasceram sob a égide dos aparelhos digitais, verdadeiros computadores ultra-portáteis, e os pequeninos seres humanos apresentam incrível habilidade em digitar, buscar, interagir e tudo mais. Os nossos pais, avós e nós mesmos, caso ainda não tenhamos aprendido (adaptado) com tal fato, "desaparecemos" de certos núcleos sociais, especialmente aos virtuais. 

E por vai. Então, eu creio que para todos nós, serve sim a tese Evolucionista, ao menos no que diz respeito a permanecer vivo, ou no mínimo perceptível aos olhos da atual geração, e quiçá evoluir ao ponto de alcançar as próximas gerações como um digno sobrevivente da nossa espécie, que ao final não passa de um ser social.

Confira o Link:


sábado, 16 de agosto de 2014

Israel x Hamas: interpretações

Menino judeu e outro palestino, em cena que todos esperamos


Sempre que se há notícias de novo conflito entre Israelenses e Palestinos, muito se fala sobre a desproporção que a força israelense impõem em seus contra-ataques, o elevado número de vítimas civis, o trato desumano para com os habitantes de Gaza, entre outros.

Porém, pouco, ou quase nada, se noticia sobre outros conflitos na região do Oriente Médio, muito mais sangrentos e desiguais do que o conflito travado entre judeus e árabes na Palestina.

O que vemos acontecendo hoje na Síria e no Iraque, com a dizimação de cristãos e outras comunidades que não compartilham de determinado credo da corrente islâmica é inúmeras vezes mais devastador e cruel.

Apenas na Síria, dados dizem que o número de vítimas é pelo menos 100 (!) vezes maior do que os registrados em Gaza.

Importante dizer que uma coisa não minimiza a outra, que uma guerra não justifica outra. Mas seria racional se as pessoas que se manifestam de forma tão efusiva e determinada, via de regra condenando atos israelenses, tomassem posição também diante destas outras tragédias, igualmente terríveis e brutais
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Para quem se interessa pelo tema, segue um link elucidador, num breve texto publicado na Gazeta do Povo.