quinta-feira, 19 de abril de 2012

Shoah Hashoah

Todos os anos, Judeus de todo o mundo, especialmente os que vivem em Israel, revestem-se de luto para tirar um dia em homenagem à memória dos Judeus assassinados pelo regime nazista, desde a aprovação das primeiras "leis raciais" de Nuremberg em 1935, que cercearam os Judeus alemães de todos os seus direitos civis, até a prática do plano para "Solução Final", durante a Segunda Guerra Mundial, que visava o extermínio total de Judeus europeus em campos de concentração. Foi assim hoje, 19/04, que em Jerusalém, capital de Israel, muitos atos solenes e sirenes relembravam o mundo da tamanha tragédia cometida contra um povo pacífico e indefeso, e sem motivo maior aparente. Estima-se entre 6.000.000 e 8.000.000 (seis e oito milhões) o número de Judeus exterminados. Tamanha atrocidade motivou ao final da Guerra a concepção, por parte das Nações Unidas, do moderno Estado de Israel, devolvendo aos Judeus a sua Pátria, de onde foram expulsos inúmeras vezes ao longo da história. Em hebraico SHOAH, significa literalmente "desastre", "ruína", "catástrofe", e é também o termo que refere-se ao Holocausto, embora correntes ortodoxas do Judaísmo prefiram HASHOAH para referência específica ao Holocausto. Isto é o que menos importa para os Judeus. O que de fato vale, é relembrar, para que o mundo não se esqueça, e jamais permita-se algo semelhante contra Judeus ou qualquer outro povo que habita nosso planeta.
Benyamin Netanyahu - Premiê Israelense em cerimônia no Memorial em Jerusalém 







sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa

É tempo de Páscoa. Troca de chocolates, comércio aquecido, feriado prolongado e convite para horas preguiçosas. Muitos porém, ainda guardam o sentido religioso da época. Cristãos resguardam-se de exageros durante a quaresma, período que antecede a Páscoa, e resignam-se na Semana Santa, com maior introspecção na Sexta Feira da Paixão, data em que se rememora, segundo os Evangelhos, as últimas horas do martírio de Cristo, para no Domingo Pascal  celebrarem Sua ressurreição. Curioso, que neste hiato temporal entre a Sexta e o Domingo, no Sábado, há um ritual tradicional entre os Cristãos, claramente simbiótico entre paganismo e religião, de se "malhar o Judas", que consiste em espancar, apedrejar, dar pauladas e outras agressões em um boneco enforcado, confeccionado especialmente para a ocasião, no que ilustra a "vingança" material e humana contra o Apóstolo Judas Iscariotes, delator de Jesus. Ressalte-se a vulgar coincidência entre os nomes Judas e Judeus, além de que é justamente no dia do "Shabat", o dia do Sábado, que é sagrado para a religião Judaica, que tal encenação se dá.
Já para os Judeus, a Páscoa é celebrada para relembrar a libertação do Povo de Israel da escravidão no Egito, como é narrado no Livro do Êxodo. Os Judeus celebram a Páscoa por oito dias, e tem seu apogeu com um banquete ritualístico, regido por uma espécie de manual, o "Seder de Pessach", conforme é instituído pela Sêfer Torah, a Bíblia Hebraica em Shemot 12, 14 (Êxodo, Cap. 12, vers. 14): "Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua ."


Do original "Pessach" em hebraico, do latim  "Pasqua"  ou Páscoa, vale mesmo o espírito reflexivo deste tempo, onde o significado, em qualquer cultura ou religião, é o de libertação, passagem e esperança.


Chag Pessach Sameach! 
Ou, Feliz Páscoa!