quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Vende-se corrupto


Em tempo de eleição, é bastante comum ouvir por aí a expressão "político vendido".

Interessante analogia que pode ser feita a partir disto, pois o político será antes de tudo uma pessoa como outra qualquer.

Imaginem então a hipótese de se construir prateleiras gigantes pra lá e pra cá, bem adornadas, de boa pintura e esteticamente plástica, com visual inovador.

Daí, coloca-se a prateleira numa bela vitrine, iluminada com luzes de efeito, brilho e muito colorido, e ali dispomos de uma série de políticos, todos disponíveis para venda.

Claro que os padrões, modelos e tons seriam os mais variados, tipo, Político com boa experiência por apenas R$ 50 mil! Ou, Político em início de carreira! Aproveite o preço! Também poderiam haver os preços promocionais, como Político bom de voto e sem escrúpulos por apenas R$ 35 mil!!!
E por aí vai.

Na minha experiência como agente político de mais de duas décadas, vi quase de tudo.

Relato uma passagem que me marcou no sentido do tema que aqui abordo.

Certa vez, em uma campanha destas municipais, ouvi de um dos coordenadores de uma das candidaturas para prefeito, que buscou o candidato alegando que seria necessário algum reforço na chapa de candidatos a vereadores, a fim de garantir maioria no legislativo para o mandato, do que ouviu a seguinte resposta: "Fulano, vereador é que nem produto. Depois da eleição eu vou lá na prateleira, escolho os que me agradam e compro."
É assim.

E o mais contraditório, é quanto mais o sujeito se vende, menos ele vale.