sábado, 29 de janeiro de 2011

Envelheço na cidade

Hoje, 29 de janeiro, completei 39 anos de idade.
Não sei ao certo se foi às 18:00 ou 19:00 horas. Esta confusão se dá por que eu nunca soube se quando nasci, no longínquo 1972, ainda no século passado, havia vigência do horário de verão. Sei que como hoje, era um sábado. Sei, que tal horário passou a ter lugar no Brasil por primeira vez em outubro de 1931, e que a partir de 1985 tornou-se obrigatória a sua adoção na maioria dos estados brasileiros. A bem da verdade isto não importa muito agora. Vamos supor que eram 18:00 horas para todos os efeitos gerais, revogadas as disposições em contrário. Assim, hoje, a partir da 18:00 horas, inicia-se para mim uma contagem regressiva que terá a duração de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, que é o tempo que leva, aproximadamente, para que um ano se passe. Esta contagem pode ser bastante simbólica, especialmente para quem nunca completou 40 anos antes. Apenas os que já entraram na meia idade (vixi!) poderiam falar-me desta hipotética transposição de épocas, de uma suposta (ou não) metamorfose física e mental que enfrentam os quarentões de todas as épocas. Vai saber.
Sei que tenho passado os dias inspirado pela idéia que é preciso viver, melhorar a mim mesmo, amar, sonhar, vencer, sofrer e ir adiante, como qualquer ser humano mais ou menos normal, que aos poucos pode perceber afinal, que tudo passa.
Por isto é que resolvi parafrasear o compositor do Ira!, Edgard Scardurra, pois em síntese, é o que se conclui: Envelheço na cidade...
Também não dá, nesta altura do campeonato, de deixar de recordar um dito que nesta hora parece-me cair bem.
Refiro-me àquele que me faz pensar que a história ainda nem começou, afinal de contas, a vida não começa aos quarenta?

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