terça-feira, 27 de setembro de 2011

Urbiafetivo

Urbiafetivo, que é uma palavra que eu nem sei se existe, porém me pareceu estar meio que na moda. Queria dizer "que gosta da cidade", ou algo assim, se é que você me entende. Muito se disse sobre a roda ser a maior invenção da humanidade, ou a eletrecidade e a penicilina. Outros dirão que foi o celular. Conheço quem considere o playstation como a razão de viver. Mas veja bem, foi a cidade a grande invenção do homem. Diferente do que parece, ela não esteve sempre aqui. Apenas após a segunda metade do século 19, quando deixamos de viver em função das estações do ano, a fim de colhermos boas safras, é que descobriu-se que viver junto poderia ser a sacada. Assim, as chances se abrangeram. Acumular conhecimento, novas informações e até mesmo cruzar com o grande amor passou a ser infinitamente mais provável na cidade. Isto sem falar, das praças, das lanchonetes, das bibliotecas, de ter tudo isto junto no shopping ou até mesmo bisbiliotar a vida alheia. Claro que sempre haverá um rabujento pra vir me falar do sossego no campo, ou do alastramento pouco racional dos centros urbanos. Não discuto gostos, nem abordo o mérito deles. Posso inclusive concordar que é na cidade que nascem a maioria dos problemas, desde que concordem que é lá também que eles se resolvem. Para aqueles que como eu amam as cidades, não existirão melhores nem piores, apenas as favoritas. Cada um destes centros de ferro e concreto são afinal, grandes espaços para se conhecer e explorar, de forma curiosa e aventureira. Em cada barulho, em todas as cores e cheiros, em cada pessoa. Tudo é vivo. A cidade é viva. Experimente você também viver a cidade, e não apenas viver na cidade, e certamente se sentirá parte dela. Mais que isto, você será parte dela.

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